O asteroide 2024 YR4, detectado em dezembro, tem preocupado cientistas após novos cálculos apontarem um aumento na probabilidade de impacto com a Terra em 2032. Inicialmente considerado um risco remoto, o objeto foi avaliado com 1% de chance de colisão pela Agência Espacial Europeia (ESA) em janeiro. No fim do mês, a NASA revisou essa estimativa para 1,6%, enquanto um novo cálculo mais recente elevou as projeções do risco de impacto para 2,8%.
Embora a ameaça ainda seja considerada pequena, o fato de os números estarem subindo sugere que a trajetória do asteroide exige atenção redobrada. Tanto a NASA quanto a ESA admitem que a falta de dados precisos sobre algumas características do 2024 YR4 pode estar inflacionando os cálculos, mas não descartam a necessidade de um monitoramento rigoroso.
O tamanho do asteroide, estimado entre 40 e 90 metros de diâmetro, também é um fator crítico. Se for menor, o impacto seria semelhante ao do famoso evento de Tunguska, em 1908, que devastou uma vasta região da Sibéria. Se for maior, os danos podem ser significativamente superiores.
Para obter respostas mais precisas, os astrônomos utilizarão o Telescópio Espacial James Webb para estudar o asteroide em março e maio de 2025. Com tecnologia infravermelha, o Webb permitirá medições mais exatas do tamanho e da composição do objeto, reduzindo incertezas nos cálculos.
A nova reavaliação da trajetória do 2024 YR4 deve ocorrer em 2028, quando ele voltará a ser visível. Até lá, a crescente margem de incerteza reforça a necessidade de acompanhar cada detalhe de sua rota – e torcer para que os números voltem a cair.