Pessoas que sabem usar IA vão substituir as que não sabem, garante especialista pioneiro em Machine Learning

Profissionais habilitados em inteligência artificial vão ganhar as vagas de trabalhos dos não habilitados, aponta especialista

Profissionais habilitados em inteligência artificial vão ganhar as vagas de trabalhos dos não habilitados, aponta especialista (Divulgação)

A inteligência artificial (IA) está frequentemente no centro de debates sobre o futuro do trabalho, com muitos temendo que ela substitua trabalhadores humanos em grande escala. No entanto, Andrew Ng, um dos pioneiros em Machine Learning e cofundador do Google Brain, oferece uma visão diferente. Ele argumenta que não é a IA que substituirá os humanos, mas sim as pessoas que dominam a IA que substituirão aquelas que não estão preparadas para essa nova era tecnológica.

Essencial em várias áreas

Ng, que também é professor em Stanford, destaca que a IA está se tornando uma habilidade essencial para profissionais em diversas áreas. Em uma entrevista recente à Business Insider, ele afirmou que a inteligência artificial oferece oportunidades significativas de crescimento, especialmente para pequenas e médias empresas. Ao automatizar certas tarefas, a IA permite que as empresas economizem tempo e recursos, o que pode ser direcionado para outras áreas de crescimento, mas não necessariamente elimina empregos.

Complemento do trabalho humano

Em uma palestra na Chulalongkorn University, na Tailândia, Ng explicou que a automação de 20-30% das tarefas em muitos empregos não significa a extinção dessas funções. Em vez disso, ele vê a IA como uma ferramenta que complementa o trabalho humano, aumentando a eficiência e permitindo que os profissionais se concentrem em tarefas mais complexas e criativas. “A IA não substituirá as pessoas, mas talvez as pessoas que usam IA substituirão as que não usam”, afirmou Ng, ressaltando a importância da adaptação às novas tecnologias.

Novas oportunidades de mercado

Ng também enfatiza que o verdadeiro potencial da IA está no crescimento e não apenas na economia de custos. Embora a automação possa reduzir despesas, ele aponta que o crescimento impulsionado pela IA não tem limites. Empresas que adotam IA de forma eficaz podem explorar novas oportunidades de mercado, inovar em seus produtos e serviços e, assim, expandir suas operações de maneira significativa.

Para Ng, a chave para o futuro do trabalho não está em evitar a IA, mas em aprender a utilizá-la de forma eficaz. Aqueles que se prepararem para essa nova realidade estarão melhor posicionados no mercado de trabalho, enquanto aqueles que resistirem à mudança podem se encontrar em desvantagem. A mensagem de Ng é clara: a IA é uma ferramenta poderosa, e os profissionais que aprenderem a dominá-la terão uma vantagem competitiva significativa.

Essa perspectiva desafia a visão comum de que a IA é uma ameaça iminente ao emprego humano. Em vez disso, ela deve ser vista como uma oportunidade para requalificação e desenvolvimento profissional. Empresas e trabalhadores que adotarem essa mentalidade de crescimento poderão não apenas sobreviver à revolução da IA, mas prosperar nela.

Adquirir habilidades

Em resumo, a abordagem de Andrew Ng sobre o impacto da IA no mercado de trabalho é uma chamada para ação. Ele sugere que, em vez de temer a substituição pela IA, os profissionais devem se concentrar em adquirir habilidades em inteligência artificial para se manterem relevantes e competitivos. Esse é o caminho para o sucesso em um mundo cada vez mais impulsionado pela tecnologia.

Resumo para quem está com pressa:

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