O Guardian Media Group anunciou na última semana uma parceria estratégica com a OpenAI, uma das líderes globais em inteligência artificial, para ampliar o alcance do jornalismo de alta qualidade produzido pelo Guardian aos usuários do ChatGPT em todo o mundo.
Por meio dessa parceria, as reportagens e o arquivo jornalístico do Guardian estarão disponíveis como fonte de notícias dentro do ChatGPT, juntamente com a publicação de resumos curtos e trechos de artigos com devida atribuição.
Além disso, o Guardian também implementará o ChatGPT Enterprise para desenvolver novos produtos, funcionalidades e ferramentas, fortalecendo sua presença digital e explorando novas formas de engajamento com o público.
Este anúncio ocorre um ano após o Guardian ter divulgado sua abordagem para o uso de inteligência artificial, enfatizando que qualquer utilização de IA generativa deve ocorrer sob supervisão humana e beneficiar diretamente seus leitores, seu modelo de negócios e sua missão editorial. Esse compromisso com a adoção responsável da IA permanece à medida que o Guardian Media Group firma novos acordos com empresas estabelecidas e emergentes, garantindo remuneração justa e atribuição adequada ao seu conteúdo jornalístico.
Keith Underwood, diretor financeiro e operacional do Guardian Media Group, declarou:
“Esta nova parceria com a OpenAI reflete os direitos de propriedade intelectual e o valor do nosso jornalismo premiado, permitindo que nosso conteúdo alcance novas audiências e seja integrado a serviços inovadores de plataformas de IA.”
Brad Lightcap, diretor de operações da OpenAI, comentou:
“Nossa parceria com o Guardian Media Group reforça nosso compromisso de apoiar o jornalismo de alto nível e melhora a experiência do ChatGPT ao fornecer acesso a notícias relevantes e em tempo real. Essa iniciativa faz parte da nossa estratégia maior de ajudar editoras e audiências a aproveitarem o potencial avançado da tecnologia de IA.”
Adoção de IA no setor de comunicação
O uso de inteligência artificial no jornalismo tem crescido rapidamente. Empresas como a Reuters e o New York Times já implementam IA para análise de grandes volumes de dados e otimização de processos editoriais. A Bloomberg, por exemplo, desenvolveu o BloombergGPT, um modelo de IA especializado em finanças para ajudar na redação automatizada de relatórios de mercado.
No Brasil, a Folha de S.Paulo e o G1 começaram a explorar IA para automação de manchetes e análises de engajamento, enquanto o Estadão desenvolve ferramentas baseadas em IA para sugerir conteúdo personalizado aos leitores. Além disso, a Rede Globo tem investido em algoritmos de IA para otimizar a distribuição de notícias em suas plataformas digitais.
Com essa evolução, a inteligência artificial está remodelando a indústria da comunicação, criando novas possibilidades para o jornalismo e para o consumo de informação no mundo digital.