O debate sobre a qualidade dos gramados no Brasil ganhou um novo capítulo após o clássico entre Fluminense e Flamengo, realizado no Maracanã em 8 de fevereiro de 2025. O lateral-direito Guga, do Fluminense, foi enfático ao criticar as condições do campo, apontando-o como um dos fatores que levaram à lesão de Thiago Silva.
“Realmente, o campo está muito duro. Todo mundo saiu falando disso, tanto Flamengo quanto Fluminense. Está muito difícil. E a bola também não é das melhores, aí acaba deixando o jogo difícil de se jogar. Atrapalha realmente. Acabou que o Thiago Silva sentiu dores na sola do pé por conta do campo.”
Essa declaração reforça um problema recorrente nos estádios brasileiros: a dificuldade em manter gramados naturais de qualidade devido ao uso excessivo e à falta de manutenção adequada. O Maracanã, um dos templos do futebol mundial, frequentemente recebe jogos de diferentes competições e eventos não esportivos, o que compromete a integridade do campo.
Enquanto ligas europeias investem pesadamente em gramados de excelência, jogadores no Brasil continuam enfrentando dificuldades com terrenos irregulares, duros e mal cuidados. Como Guga destacou, a diferença na qualidade dos gramados é um dos fatores que impactam diretamente o nível técnico do jogo.
Diante desse cenário, a implementação de gramados sintéticos modernos surge como uma alternativa viável. Com a tecnologia atual, esses campos podem oferecer uma superfície regular e resistente ao desgaste, reduzindo o risco de lesões e proporcionando uma experiência mais equilibrada para os atletas.
Se o objetivo é elevar o futebol brasileiro ao mais alto nível, a discussão sobre a qualidade dos gramados precisa ir além da tradição e considerar soluções concretas para garantir um jogo seguro e competitivo.
Neymar faz ‘mimimi’ nas redes sociais mas tem gramado sitético em sua casa. Explica essa menino Ney.
A postura de Neymar em criticar os gramados sintéticos nos estádios brasileiros enquanto opta por instalar um campo com essa tecnologia em sua própria casa revela uma evidente contradição.
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O jogador, que já se manifestou contra o uso desse tipo de piso no futebol profissional, escolheu justamente um gramado sintético de alto nível para sua residência, fabricado pela mesma empresa responsável pelo campo do Allianz Parque. Essa decisão levanta questionamentos sobre a real validade das críticas feitas por ele: se os gramados artificiais fossem realmente prejudiciais, por que um dos maiores craques do mundo confiaria neles para seu uso pessoal?
Esse tipo de incoerência apenas enfraquece o debate e mostra que a resistência a essa tecnologia pode estar mais ligada à tradição do que a argumentos embasados em fatos.