Zumbis: Cientistas descobrem vírus que podem causar apocalipse

Cena do filme de ficção científica "Invasão Zumbi" (Foto: Divulgação)

Cena do filme de ficção científica "Invasão Zumbi" (Foto: Divulgação)

Em um cenário sombrio que mais parece ter sido retirado de um filme de ficção científica, cientistas liderados pelo virologista francês Jean-Michel Claverie alertam para uma ameaça que há muito dorme no gelo da Sibéria. Vírus “gigantes”, adormecidos por quase 50 mil anos, podem estar à beira de um despertar sinistro, tudo devido ao aquecimento global e ao derretimento das calotas de gelo. Uma preocupação real que ecoa paralelos com os problemas que o aquecimento global pode trazer.

Esses vírus foram encontrados nas camadas de permafrost da Sibéria, uma parte permanentemente congelada do solo. Alguns deles têm a capacidade de infectar amebas, tornando a situação ainda mais misteriosa e perturbadora. É como se um vírus desconhecido há milênios estivesse prestes a ser ressuscitado.

O que é ainda mais alarmante é que mais de uma dezena de vírus gigantes, visíveis apenas sob um microscópio poderoso, foram identificados. O “Pandoravirus yedoma”, o membro mais antigo da família Pandoraviridae, estava congelado nas profundezas de um lago no leste da Rússia há mais de 48.500 anos. Isso nos faz pensar em um pesadelo que parece ter saído de um filme de “Walking Dead“, com vírus antigos prontos para ressurgir das profundezas.

Os vírus não param por aí, suas origens variam de amostras de lã de mamute pré-histórico a restos intestinais congelados de um lobo siberiano. A ciência provou, pela primeira vez, que esses vírus podem ser extraídos das camadas de gelo siberiano e revividos, um feito impressionante, porém, não isento de preocupações. Para garantir a segurança e evitar qualquer contaminação humana, o estudo se concentrou nos vírus que podem infectar apenas amebas.

Embora Jean-Michel Claverie tenha alertado que o risco à saúde pública foi subestimado, ele também tranquiliza, afirmando que não há motivo para pânico. A probabilidade de exposição humana a esses vírus é baixa, e a região do Ártico é escassamente povoada. Ainda assim, pairam incertezas sobre o que aconteceria se esses vírus, após um sono de milênios, encontrassem seu caminho para um hospedeiro humano ou se fossem expostos às condições atuais.

Em meio a esse cenário de ficção científica, o alerta dos cientistas é uma chamada para a ação, lembrando-nos que o aquecimento global pode não apenas desencadear desastres ambientais, mas também trazer à tona ameaças antigas e desconhecidas. É uma lembrança sombria de que nossas ações podem ter consequências imprevisíveis e que é crucial enfrentar as mudanças climáticas antes que mais “zumbis” do gelo despertem, ameaçando nossa segurança e nosso futuro.

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