Meta demite funcionários por conta de vale refeição, de US$ 25

A Meta demitiu 24 funcionários em Los Angeles por usarem indevidamente créditos de vale-refeição

A Meta demitiu 24 funcionários em Los Angeles por usarem indevidamente créditos de vale-refeição (Meta/Divulgação)

A Meta recentemente demitiu 24 funcionários em Los Angeles após a empresa descobrir que eles estavam utilizando seus créditos diários de vale-refeição para comprar itens domésticos, como produtos para acne, taças de vinho e sabão em pó. Cada funcionário tinha à disposição um crédito de 25 dólares (equivalente a R$ 141,70) para refeições, mas o uso indevido acabou levando às demissões.

Reestruturação e cortes de funcionários

As demissões ocorreram pouco antes de a Meta, avaliada em US$ 1,5 trilhão (aproximadamente R$ 8,5 trilhões), anunciar a reestruturação de suas equipes, incluindo cortes e realocações nos setores do WhatsApp, Instagram e no Reality Labs, que foca em realidade aumentada e virtual. A reestruturação começou em 15 de outubro e faz parte das mudanças planejadas pelo CEO Mark Zuckerberg.

Sistema de vale-refeição na Meta

Assim como outras grandes empresas de tecnologia no Vale do Silício, a Meta oferece refeições para seus funcionários em sua sede na Califórnia. No entanto, para aqueles que trabalham em escritórios menores, como em Los Angeles, a empresa concede créditos em aplicativos de delivery para que os funcionários possam almoçar no escritório.

Abuso do sistema de crédito alimentar

Os funcionários demitidos foram acusados de abusar do sistema de crédito alimentar por longos períodos. De acordo com uma fonte ouvida pelo Financial Times, alguns colaboradores estavam acumulando créditos, enquanto outros os utilizavam para refeições em casa, contrariando a política da empresa que exige que os créditos sejam usados exclusivamente no escritório.

Tolerância variável a violações

Anteriormente, a Meta tinha uma abordagem mais branda para quem violava ocasionalmente as regras, aplicando apenas advertências. Contudo, no caso dos 24 demitidos, a prática foi considerada persistente. Em um post no site Blind, onde funcionários podem fazer comentários anônimos, um ex-funcionário relatou que usava os créditos para comprar itens como pasta de dente e chá quando não comia no escritório, mas acabou sendo surpreendido com a demissão.

Ex-funcionários relatam surpresa com as demissões

Em outro relato no Blind, um ex-funcionário da Meta que ganhava cerca de US$ 400 mil anuais disse ter sido demitido mesmo após admitir o uso inadequado dos créditos alimentares. Ele comentou que a demissão foi “surreal” e que trabalhava longas horas, inclusive à noite e nos fins de semana. Apesar das confissões e do reconhecimento do erro, a empresa optou pela demissão.

Meta não comenta casos específicos

A Meta se recusou a comentar diretamente sobre essas demissões específicas, mas a empresa confirmou que está realizando mudanças nas equipes para alinhar seus recursos com os objetivos estratégicos de longo prazo. Essas mudanças incluem realocações de funcionários e eliminação de funções, com a tentativa de encontrar outras oportunidades para os colaboradores afetados.

O “Ano da Eficiência” na Meta

Desde 2022, a Meta já eliminou cerca de 21 mil postos de trabalho em dois grandes períodos de demissões. Zuckerberg classificou 2023 como o “ano da eficiência”, focando em cortar projetos de baixa prioridade para aumentar o crescimento da empresa e acalmar os investidores, preocupados com os altos custos da aposta da Meta no metaverso.

Aposta no metaverso e as consequências

Com as ações da Meta sendo negociadas em torno de máximas históricas, atualmente valendo US$ 577 cada, a empresa parece estar alcançando o objetivo de Zuckerberg de otimizar seus investimentos e reduzir custos operacionais. As demissões, embora polêmicas, fazem parte desse processo de ajuste, visando manter a empresa competitiva no mercado de tecnologia.

Impacto das demissões em Los Angeles

As demissões em Los Angeles demonstram como a Meta está adotando uma postura mais rigorosa em relação ao uso indevido de benefícios e ao comportamento dos funcionários. As mudanças recentes indicam que a empresa está mais atenta a abusos e não hesitará em tomar medidas severas para manter a integridade de suas políticas internas.

Vale-refeição sob novas regras?

É possível que a Meta revise suas políticas de vale-refeição para evitar futuros problemas. O uso inadequado desse benefício levanta a questão de como grandes empresas podem gerenciar melhor a concessão de subsídios e garantir que os créditos sejam usados de forma ética e dentro das regras estabelecidas.

Uma abordagem mais rígida no futuro

A Meta agora parece estar se movendo em direção a uma abordagem mais rígida em sua política de recursos humanos, especialmente no que diz respeito ao uso de benefícios corporativos. Isso pode ser um sinal de que a empresa está disposta a adotar uma postura mais disciplinada para garantir a eficiência e a conformidade entre seus funcionários.

Resumo para quem está com pressa:

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