Cientistas descobrem previsão de Apocalipse em reliquia Asteca

Cena do filme catástrofe 'Moonfall' (Divulgação)

Cena do filme catástrofe 'Moonfall' (Divulgação)

Você certamente sabe sobre os mitos clássicos do apocalipse mesoamericano, que de acordo com os maias, o mundo acabaria em 2012. No entanto, mais de uma década se passou desde o prazo e nada aconteceu. Então os maias estavam equivocados? Não exatamente. Segundo os arqueólogos, o calendário maia nunca previu tal evento e aquela civilização não possuía qualquer crença no fim do mundo.

No entanto, a história é diferente quando se trata do Império Asteca. Um dos símbolos mais famosos e significativos desse povo não apenas sugere o que eles esperavam para o fim do mundo, mas também como planejavam evitá-lo.

Pedra do Sol Asteca que segundo cientistas contém previsões apocalípticas (Foto: Wikipedia)

Entre as medidas de precaução, incluía-se até mesmo o sacrifício de vidas humanas como oferenda, a fim de adiar o apocalipse por mais tempo. Foi assim que Susan Milbrath, curadora de arte e arqueologia latino-americana do Museu de História Natural da Flórida, interpretou a gigantesca relíquia conhecida como Pedra do Sol.

Essa pedra é um calendário circular de basalto, pesando 24 toneladas, que, segundo Susan, tem sido mal compreendido há séculos.

De acordo com sua interpretação, a figura central da estrutura não representava apenas Tonatiuh, a divindade solar asteca. Em um artigo publicado em 2017, ela propôs que a figura também representava a morte de Tonatiuh durante um eclipse – um evento que aquela civilização acreditava ser apocalíptico.

Detalhes meticulosamente desenhados em metal ao redor da divindade mostram cenas como garras segurando corações humanos, aludindo a um monstro eclipse; um círculo de sinais simbolizando o calendário de 260 dias usado pelo sacerdócio para prever eventos; e serpentes de fogo, representando uma constelação intimamente associada ao Sol na estação seca.

Ao analisar essas gravuras, os estudiosos conseguiram descobrir exatamente quando os astecas acreditavam que o mundo acabaria: 4 Olin. Em termos atuais, seria como se fosse, sei lá, 4 de maio, 17 de julho, 25 de novembro… enfim, qualquer data. Ou seja, trata-se apenas de um dia e um mês – uma combinação que ocorre todos os anos.

Por essa razão, anualmente, antes dessa data aterrorizante, os astecas sentiam-se obrigados a fazer algo para evitar que aquele fosse o ano em que 4 Olin se tornaria o dia fatal. E o sacrifício humano estava entre as ações realizadas para tentar evitar tal destino.

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