Satan 2: O míssil russo que pode atingir os EUA

Satã II: O missil intercontinental de alta tecnologia mais temido pelos EUA e Europa (RT News)

Satã II: O missil intercontinental de alta tecnologia mais temido pelos EUA e Europa (RT News)

A Guerra Fria nunca parou totalmente. Depois de um longo período de paz os EUA decidiram sair do acordo anti-misseis intercontinetais. Essa saída do acordo deixou os russos muito preocupados e irritados. 

Para se contrapor aos novos mísseis intercontinentais do EUA, os russos retomaram suas pesquisas e produção, e chegaram a um novo míssil que Putin afirmou que faria os EUA se arrepender de sair do acordo. 

Uma dessas armas extremamente poderosas foi o SS-18 (conhecido no ocidente como Satan), um ICBM (missil intercontinental) criado em 1974 e em uso até hoje.

A versão mais moderna tem 34 metros de altura, pesa 211 toneladas e consegue atingir alvos a 16.000 km de distância, com uma precisão de 500 m. Ele é capaz de carregar ogivas de 20 megatons. O Satã é ejetado do silo por um sistema de morteiros de combustível sólido, usando pólvora negra. 

Mas com o tempo o primeiro Satã ficou ultrapassado. Os sistemas de defesa podem diminuir o impacto de um ataque com o Satã I, e manter uma arma com tecnologia dos anos 70 é caro e complicado. Para modernizar seu arsenal, em 2009, os russos começaram a desenvolver o SSX30, sucessor de Satã, conhecido internamente como RS-28 Sarmat, e batizado pela OTAN como Satan 2

Projetado para cobrir 100% das defesas nucleares terrestres russas, o programa do Satan 2 foi adiantado. As projeções iniciais eram para ter o Satan II pronto apenas em 2020, mas Moscou conseguiu adinatar o projeto, deixando pronto em 2018, e fazendo seus últimos testes ano passado, em 2021.

Como é o Satan 2

O missil pesa 100 toneladas e é capaz de lançar 10 ogivas nucleares pesadas ou 16 leves Só que esse não é o maior trunfo do Satan 2, o maior risco são os tipos de ogivas que ele pode levar. No caso, serão planadores hipersônicos, o que torna praticamente impossível interceptar as ogivas lançadas. Toda a tecnologia de interceptação de mísseis cai por terra quando em vez de uma ogiva em trajetória balística –  o que é o normal em mísseis – sua bomba nuclear está em um planador. 

Imagine qie ao invés de cair como uma pedra ele cai fazendo curvas calculadase e manobrando, confundindo as defesas inimigas e até alterando a rota no último momento. A Rússia poderia disparar um Satan contra os EUA, por exemplo, apontando para Nova Iorque. A defesa aérea americana lançaria vários interceptadores, mas os planadores poderiam mudar a rota nos últimos segundos, girando até 90 graus e seguindo para Filadélfia, e explodindo sobre a cidade, o que causaria uma tragédia sem precedentes.

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