Novo estudo mostra riscos de destruição de ecossistema Antártico

Ponto verde coberta por musgos ao lado de icebergs, na Antártica, após aquecimento recente. (Matt Amesbury/Divulgação)

Ponto verde coberta por musgos ao lado de icebergs, na Antártica, após aquecimento recente. (Matt Amesbury/Divulgação)

O estudo publicado nesta segunda-feira (4) na revista Proceedings of the National Academy of Science levanta questões alarmantes sobre o futuro do ecossistema antártico. Pesquisadores exploram a possibilidade de espécies costeiras invasoras se estabelecerem no continente gelado devido ao aumento das polínias, áreas de águas abertas no meio do gelo.

Essa perspectiva é preocupante, pois representa uma potencial ameaça aos ecossistemas nativos da Antártica. A pesquisadora Ceridwen Fraser aponta que animais e plantas não nativos já podem chegar à região, mas são impedidos de se estabelecerem devido à presença do gelo costeiro. No entanto, com o derretimento do gelo e o aumento das polínias, essas espécies invasoras podem encontrar um ambiente mais favorável para se estabelecerem.

O aumento das polínias é atribuído, em parte, ao aumento das temperaturas globais, ressaltando os impactos preocupantes das mudanças climáticas na Antártica. Além disso, os pesquisadores identificaram um padrão cíclico de crescimento e diminuição das polínias a cada aproximadamente 16 anos, o que sugere uma complexidade adicional nas mudanças do ecossistema antártico.

Grant Duffy, um dos pesquisadores envolvidos, reconhece a gravidade das implicações ecológicas dessas descobertas, indicando que ainda há muitas incertezas sobre o que impulsiona esse padrão cíclico. No entanto, a possibilidade de perturbação significativa nos ecossistemas costeiros nativos da Antártica é uma preocupação central destacada por esse estudo crítico.

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