Inteligência Artificial pode acabar com a humanidade? Entenda

Cena de Blade Runner, ficção onde a IA chega ao ponto de não se diferenciar mais de humanos (Divulgação)

Cena de Blade Runner, ficção onde a IA chega ao ponto de não se diferenciar mais de humanos (Divulgação)

Será que a evolução rápida da Inteligência Artificial pode ser um grande risco para a humanidade? Muitos especialistas têm alertado para riscos maiores que uma arma atômica, um verdadeiro risco de extinção da humanidade, mas porque isso é tão grave?

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Desde o seu lançamento no final de novembro de 2022, o ChatGPT tem agitado o mundo digital com a sua capacidade de responder perguntas e gerar textos sob demanda dos usuários utilizando inteligência artificial (IA). Em apenas dois meses, o aplicativo alcançou a marca de 100 milhões de usuários ativos, um recorde inédito na história da internet. Comparativamente, o TikTok, um dos mais populares apps do momento, levou nove meses para atingir esse número, enquanto o Instagram precisou de dois anos e meio, segundo a Sensor Town, empresa de monitoramento de tecnologia. Analistas do banco suíço UBS afirmaram que não conseguem lembrar de um crescimento mais rápido de um aplicativo de internet para o consumidor em 20 anos de acompanhamento do setor.

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O ChatGPT é fruto da parceria entre a OpenAI e a Microsoft, que financia o desenvolvimento da tecnologia. Especialistas destacam que o sucesso do chatbot gerou diversas discussões sobre o impacto da inteligência artificial generativa em nossas vidas. Essa vertente da IA é responsável por produzir conteúdo original a partir de dados existentes na internet, em resposta a comandos do usuário. DALL-E, Bard e AlphaCode são outros exemplos de sistemas geradores de texto e imagens que têm se destacado pelo seu realismo.

O impacto da IA generativa é tão grande que já levou à substituição de trabalhadores humanos em algumas áreas. Estudantes usam os modelos gerados pela tecnologia para fazer o dever de casa, enquanto políticos chegaram até a lançar mão dos textos gerados pelos chatbots em discursos no congresso americano. Até mesmo fotógrafos têm utilizado a IA para criar imagens de forma mais precisa e criativa, obtendo resultados impressionantes em competições renomadas. Por exemplo, o alemão Boris Eldagsen ganhou o primeiro lugar no último Sony World Photography Award com uma imagem criada por IA.

O advento da IA generativa tem trazido mudanças significativas para o mercado de trabalho. Empresas como a IBM já anunciaram que deixarão de contratar pessoas para cerca de 8 mil vagas que podem ser ocupadas por sistemas automatizados. Um relatório do Goldman Sachs estima que a IA tem potencial para substituir um quarto de todos os empregos humanos existentes, embora também possa criar novas oportunidades e aumentar a produtividade.

Contudo, ainda estamos na primeira fase do desenvolvimento da IA generativa. A segunda fase promete ser ainda mais revolucionária e a terceira, completamente avançada e capaz de redefinir o mundo como o conhecemos. Especialistas alertam que essas mudanças trarão desafios inéditos e poderão ameaçar a existência humana. Histórias como as de Blade Runner, ou da série West World, ou de ainda Exterminador do Futuro (Terminator), começam a ficar menos distante da ficção, e muito mais próximas da realidade segundo especialistas que trabalharam na criação dessas novas tecnologias. Especialistas e filósofos como Yuval Harari já alertam para os riscos da 2ª e, principalmente, 3ª fase das IAs generativas. Para sermos honestos com os fatos, há quase uma década o físico Stephen Hawking já alertava sobre os enormes riscos de uso da Inteligência Artificial (IA).

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