No ar em Orgulho e Paixão, Alessandra Negrini revela já ter pensado em desistir do ofício de atriz

no-ar-em-orgulho-e-paixao,-alessandra-negrini-revela-ja-ter-pensado-em-desistir-do-oficio-de-atriz

A atriz está comemorando 25 anos de carreira com a vilã Susana, da trama das 6

Desde que estreou como atriz, na série Retrato de Mulher (1993), Alessandra Negrini se firmou como uma das mais reconhecidas profissionais da área. Tanto na televisão, quanto no teatro e no cinema, a paulistana encarnou personagens inesquecíveis, como a Engraçadinha, na primeira fase da minissérie homônima de 1995. Mas nem tudo foram flores na carreira de Alessandra. A virginiana revela já ter pensado em abandonar do ofício de atriz, logo no início de sua trajetória. “Pensei em desistir quando era mais jovem. Tinha dúvidas se ia dar certo. Mas eram rompantes da juventude. Sempre fui muito dramática, hoje sou muito mais feliz”, confessa Alessandra, que se orgulha da carreira que construiu. “Não sou o tipo de pessoa que fico olhando para o passado, lamentando coisas que deveriam ter sido diferentes. Foi bom até agora, fruto de muito esforço, porque nada cai do céu.  Tudo aconteceu no momento certo. Só tenho a agradecer”, afirma.

Rainha da vilania
Nesses 25 anos de carreira, a artista pode experimentar diversos perfis de personagens, como heroínas, gêmeas e as terríveis vilãs, tipos pelos quais ficou mais marcada. “Por um acaso, a televisão me chama para fazer vilã. Normalmente, o antagonista é um personagem interessante, porque você pode subverter. Ele apronta e não tem que estar dentro da norma. Pra falar a verdade, nunca senti o ódio do público. Sempre me senti amada (risos)”, conta. 

Na trama das 6, Susana quer destruir a vida da família Benedito. Nem a caçula, Lídia (Bruna Griphão) fica fora do alvo dessa cobra Foto: Globo/ João MIguel Júnior

Retorno às novelas
Em seu atual trabalho, Alessandra dá vida a mais uma megera, a Susana, de Orgulho e Paixão. Para a atriz, a personagem é diferente das outras vilãs de sua carreira. “Essa é diferente. Ela é engraçada. Para cada personagem a gente se apega a um desafio, algo que vá te estimular. Se eu fizer a mesma coisa sempre, fico de saco cheio. Susana é muito malandra, mas é divertida também”, afirma. A trama das 6 marca o retorno da atriz às novelas, após dar vida à outra Susana, a antagonista de Boogie Oogie (2015). Mas o afastamento das tramas não é por falta de convites. “Não aguento fazer  novelas seguidas. O que acontece é que as outras que apareceram não me interessaram”, revela. Nesse tempo que ficou longe das novelas, ela se dedicou à série Lúcia McCartney (2016), da GNT, e atuou em duas peças e quatro filmes. 

Como a instável Susana, de Boogie Oogie Foto: Globo/ João Cotta

Diferenças artísticas
Prestes a lançar dois longas, Mulheres Alteradas e o Acqua – Movie, Alessandra revela as diferenças entre atuar na TV, no teatro e no cinema. “Cada um tem uma peculiaridade e algo que me interessa. Na televisão, você tem mais liberdade para brincar. Já o cinema encaro de forma mais ‘séria’, por causa da linguagem. Por fim, o teatro é o prazer mais puro, por estar próxima do público”, explica a atriz, que sempre sentiu o desafio de levar para os palcos os espetáculos em que está envolvida. “A gente faz milagres. Não dá para ganhar dinheiro no teatro, mas é um lugar muito acolhedor e apaixonante. Mas a gente se vira! O teatro é a arte da resistência!”, analisa. 

Em Retrato de Mulher, sua estreia na TV Foto: Acervo Globo

Força feminina
No ar, numa trama de época que discute o papel da mulher na sociedade, Alessandra reforça os conceitos feministas no mundo atual. A paulistana admite haver exageros no movimento, mas exalta a importância de lutar por respeito e igualdade. “É surpreendente que ainda exista o machismo. Mas, hoje, existe um coletivo de luta. Claro que tem  exageros, mas isso faz parte do caminho para se chegar num equilíbrio”, discursa.

Sair da versão mobile