Especialista explica surto de Sérgio Hondjakoff

Sérgio Hondjakoff chocou a web ao aparecer transtornado em vídeo (Reprodução)

Sérgio Hondjakoff chocou a web ao aparecer transtornado em vídeo (Reprodução)

Sérgio Hondjakoff, de 37 anos de idade, o eterno Cabeção de “Malhação”, da Globo, está passando por um verdadeiro drama em sua vida. Nesta semana, a ator, que luta contra o vício em álcool e drogas, ameaçou seu pai de morte após um surto de abstinência.

Em entrevista ao programa “Balanço Geral”, da Record TV, Dona Carmen Lúcia, de 65 anos, mãe de Hondjakoff, fez um desabafo contando que o filho já foi internado mais de 10 vezes e está em surto há 6 dias. O ator está trancado dentro de casa na posse de uma barra de ferro e ameaçando quem quiser entrar na residência.

A IstoÉ Gente entrou em contato com a neuropsicanalista da USP Priscila Gasparini Fernandes, que explicou tudo sobre o ‘surto de abstinência’ de Sérgio Hondjakoff.

“Os usuários de drogas quando se tornam abusivos, aumentam o consumo sem se preocupar com os prejuízos físicos, mentais e sociais que estão associados ao uso. As drogas alteram a capacidade mental do ser humano (chamadas substancias psicoativas) e geralmente apresentam sintomas muito comuns, como, por exemplo: mentiras, culpar os outros por tudo, se isolar dos amigos, procurar outros grupos, fica emocionalmente comprometido e faz de tudo para conseguir a droga, passando por cima de valores pessoais, de vínculos familiares, manipulando e usurpando o que puder para ter o consumo, mudando drasticamente seu comportamento, humor e personalidade”, começou a Priscila Gasparini.

“Em um prazo médio, os prejuízos costumam afetar o sono, o peso, mudança de hábitos, alterações bruscas de humor, pensamentos ou ideações suicidas, pânico, ansiedade, delírios, podendo ate desencadear surtos psicóticos. O dependente químico não possui controle da quantidade do uso ou da sua própria vida. Seu principal foco é no uso de drogas e a forma de como obter mais uma dose, até mesmo antes de finalizar o consumo da substância que ainda possui”.

“O papel da família do dependente químico é amparar, mesmo que seja contra sua vontade, pois não tem mais discernimento, e nestes casos – a internação é a uma forma capaz de evitar que ele coloque sua vida em risco e de outras pessoas. Durante um período irá se revoltar com os familiares que optaram por interná-lo, mas depois irá ter entendimento de que foi feito o melhor por ele. É importantíssimo que a família neste processo lhe dê apoio fazendo com que o paciente se sinta seguro e confortável para prosseguir com o tratamento”, continuou.

“Nas clinicas para dependentes químicos há um equipe multidisciplinar, existe acolhimento psiquiátrico e psicológico, e também nutricional, o que irá ajudá-lo a encarar a abstinência, usando medicações de uso controlado, para liberar neurotransmissores (serotonina, endorfina e noradrenalina) para que ele fique bem e consiga o objetivo de sair da dependência e ter uma vida de qualidade. Em um primeiro momento deverá ser feito um processo de desintoxicação, onde ele será acompanhado por 24 horas, começar a aceitar sua realidade, admitir a necessidade de ser ajudado, que não consegue lidar com aquela situação, que tem medo”, finalizou a profissional.

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