Entenda os detalhes judaicos da cerimônia de enterro fechada de Silvio Santos

Silvio Santos: cerimônia de enterro do apresentador seguiu a tradição judaica

Silvio Santos: cerimônia de enterro do apresentador seguiu a tradição judaica (Divulgação)

O sepultamento de Silvio Santos, ocorrido no domingo, 18 de agosto, seguiu as tradições judaicas, refletindo a herança religiosa do apresentador. Filho de imigrantes judeus, Silvio Santos nasceu em 1930, no Rio de Janeiro, e sua cerimônia fúnebre foi realizada no Cemitério Israelita do Butantã, em São Paulo, conforme os rituais prescritos na Torá, o livro sagrado do judaísmo.

O processo funerário judaico começa imediatamente após a morte, quando os familiares informam a Congregação Israelita Paulista (CIP) sobre o falecimento. No caso de Silvio Santos, o grupo Chevra Kadisha, composto por homens e mulheres ligados ao cemitério, foi responsável por coordenar os preparativos religiosos, civis e legais para o sepultamento, seguindo rigorosamente as tradições.

Preparação

Um dos primeiros ritos é a cobertura imediata do corpo, que não deve ser deixado à vista. No judaísmo, essa prática é vista como uma demonstração de respeito pela dignidade do falecido. Em conformidade com essa tradição, o caixão também permanece fechado durante o velório, que é um evento privado, restrito a familiares e amigos próximos.

A preparação do corpo inclui um ritual de lavagem, seguido pelo envolvimento em uma mortalha branca, simbolizando pureza, humildade e a preparação espiritual para o encontro com Deus. Os olhos do falecido são fechados, representando a transição da vida terrena para a paz espiritual.

Outro aspecto importante das tradições judaicas é o sepultamento no mesmo dia da morte. No entanto, se o falecimento ocorrer em um sábado, dia sagrado de descanso para os judeus, como foi o caso de Silvio Santos, o enterro é adiado para o dia seguinte. O apresentador faleceu na madrugada de sábado e foi enterrado na manhã de domingo.

Sepultamento

A cremação é proibida no judaísmo, pois a religião acredita que o corpo deve se decompor naturalmente. Por isso, Silvio Santos foi sepultado em um caixão simples, sem ornamentos ou flores, refletindo a crença de que todos devem ser tratados de forma igual na morte, evitando qualquer forma de ostentação.

Durante a cerimônia, foram entoados hinos de louvor a Deus e pedidos de paz, seguindo as práticas tradicionais. Os familiares mais próximos participaram ativamente do ritual, jogando punhados de terra no caixão, um gesto simbólico de despedida e respeito.

Ao final do sepultamento, os familiares lavaram as mãos ao deixar o cemitério, um ritual que simboliza a continuidade da vida. As mãos são deixadas secar naturalmente, sem o uso de toalhas, mantendo o vínculo com o falecido de forma simbólica.

Silvio Santos faleceu aos 93 anos, às 4h50 de sábado, 17 de agosto, vítima de broncopneumonia, decorrente de uma infecção por Influenza (H1N1). Ele estava internado no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo.

Com informações da Agência Brasil.

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