Roupas da SHEIN feitas no Brasil poderão ser mais baratas que chinesas

Simaria deu show de estilo e ousadia prestigiando abertura da São Paulo Fashion Week (Instagram)

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A Shein, empresa chinesa de moda online, afirmou que as peças brasileiras podem ser até mais baratas do que as que são fabricadas na China. A declaração foi dada durante um evento realizado em São Paulo.

De acordo com a diretora de sourcing da Shein, Rita Han, o Brasil possui um grande potencial para a indústria da moda, assim como a China, mas ainda há espaço para desenvolver a cadeia produtiva e aprimorar o processo de produção.

Han destacou a qualidade do algodão brasileiro e o talento dos designers nacionais. Ela ainda argumentou que, com a proximidade geográfica, as peças produzidas no Brasil podem chegar mais rapidamente ao mercado internacional, o que pode ajudar a reduzir custos e melhorar a competitividade.

A Shein é uma das empresas de moda online que mais cresce no mundo e tem como estratégia oferecer roupas com preços acessíveis. No Brasil, a empresa já possui mais de 10 milhões de usuários cadastrados.

Com o objetivo de fortalecer a presença no mercado brasileiro, a Shein tem realizado parcerias com influenciadores digitais locais e promovido eventos para conhecer melhor as características do mercado nacional.

Atualmente, a empresa conta com mais de 5.000 fornecedores na China e em outros países, que produzem cerca de 20 milhões de peças por mês.

No entanto, Han afirmou que a empresa está em busca de mais fornecedores no Brasil e que já está conversando com algumas empresas locais para aumentar a produção no país.

Ainda assim, a diretora de sourcing ressaltou que a produção no Brasil ainda é pequena em comparação à China e que é importante que a indústria brasileira invista em tecnologia e melhore a infraestrutura para competir no mercado global.

A declaração da Shein tem chamado a atenção do mercado brasileiro de moda, que tem enfrentado dificuldades em razão da alta do dólar e dos custos associados à produção no país.

Alguns especialistas apontam que a declaração da empresa chinesa pode incentivar a indústria nacional a investir mais em tecnologia e aprimorar a qualidade dos produtos, como forma de competir com a produção chinesa.

No entanto, outros argumentam que a declaração da Shein pode ter como objetivo pressionar os fornecedores brasileiros a reduzirem os preços, o que poderia acabar prejudicando a indústria local.

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