Bitcoin vai continuar subindo? Especialistas explicam momento da criptomoeda e como investir

Especialistas projetam que Bitcoin pode alcançar US$ 150 a 200 mil em 2025

Especialistas projetam que Bitcoin pode alcançar US$ 150 a 200 mil em 2025 (Pixabay)


Pouco mais de um mês após a vitória de Donald Trump para um novo mandato como presidente dos Estados Unidos, o Bitcoin atingiu um recorde histórico de US$ 106 mil. A nova alta foi motivada pelo anúncio de Trump sobre a criação de uma reserva estratégica nacional de Bitcoin no país. O valor representa um crescimento superior a 50% em relação ao pico anterior de US$ 75 mil, registrado também no período pós-eleição.

A valorização vai além da política
Embora a sinalização do presidente tenha impactado o mercado, especialistas explicam que a valorização do Bitcoin tem raízes mais profundas. Israel Buzaym, diretor do Bitybank, destaca que o Bitcoin segue uma tendência de alta desde sua criação. “O ativo já está entre os 10 mais valiosos do mundo, e para 2025, a expectativa é de que atinja US$ 150 a 200 mil”, afirma.

Escassez e descentralização garantem alta
A valorização do Bitcoin ao longo dos últimos 15 anos é atribuída à sua descentralização e escassez. Diferente das moedas tradicionais, o Bitcoin não possui um Banco Central que interfira em sua cotação. Sua oferta é limitada a 21 milhões de unidades, tornando-o semelhante ao ouro como reserva de valor. Segundo Buzaym, essa característica mantém o ativo protegido de interferências externas e impulsiona sua valorização ao longo do tempo.

O padrão cíclico do Bitcoin
Mesmo com a valorização constante, o Bitcoin já passou por quedas significativas. De acordo com João Marco Cunha, diretor da Hashdex, o ativo segue um padrão cíclico. “Historicamente, temos três anos positivos seguidos de um ano negativo. Se essa lógica se mantiver, a tendência de alta deve continuar ao longo de 2025”, explica Cunha.

Halving impulsionou a valorização
Outro fator importante para a valorização do Bitcoin em 2024 foi o halving, um evento programado que ocorre a cada quatro anos. No halving, a recompensa pela mineração de novos blocos de Bitcoin é reduzida pela metade, limitando ainda mais sua oferta no mercado. O último halving ocorreu em abril deste ano, e o evento tem um histórico de impulsionar grandes valorizações do ativo. Em 2020, por exemplo, o Bitcoin valorizou mais de 300%.

Mineração consome grandes volumes de energia
A mineração de Bitcoin é o processo responsável por adicionar novos blocos à rede blockchain, garantindo sua segurança e operação. Essa atividade exige computadores de alto desempenho e consome grandes quantidades de energia. Em 2023, a Administração de Informação de Energia dos EUA (EIA) estimou que 2,3% da energia do país foi destinada à mineração de Bitcoin.

Crescimento dos ETFs fortalece o mercado
O aumento da adesão do Bitcoin por grandes investidores também impulsiona seu crescimento. O surgimento de novos ETFs (fundos de índice) vinculados à criptomoeda permitiu que mais investidores tivessem acesso ao ativo. Empresas como a MicroStrategy também ajudaram a consolidar o Bitcoin como um ativo confiável ao aumentar suas reservas da criptomoeda após abrir capital nos EUA.

Bitcoin segue associado a ativos de risco
Apesar das perspectivas positivas, os especialistas alertam que o Bitcoin ainda apresenta volatilidade e certa correlação com ativos de risco. Cunha, da Hashdex, afirma que eventos globais que reduzem o apetite por risco podem afetar o Bitcoin. “O ativo tende a sofrer em momentos de crises globais ou instabilidades no mercado financeiro americano.”

Impactos de grandes choques globais
Buzaym complementa que o Bitcoin só é impactado por eventos de grande escala, como guerras, pandemias ou crises nos Estados Unidos, que representam cerca de 70% do mercado financeiro mundial. Ele ressalta que, fora dessas situações extremas, o Bitcoin mantém sua resiliência e continua valorizando no longo prazo.

É o momento certo para investir?
Especialistas recomendam que a estratégia de investimento no Bitcoin deve ser de longo prazo. “A melhor hora para investir era cinco anos atrás, e continuará sendo daqui a cinco anos”, diz Buzaym. Ele sugere a estratégia DCA (Dollar Cost Averaging), que consiste em aportes regulares, independentemente do preço atual da criptomoeda.

Cautela e diversificação são fundamentais
Por ser um ativo de alta volatilidade, o investimento em Bitcoin deve ser feito com cautela. Especialistas recomendam que apenas uma pequena fração do portfólio seja alocada em criptomoedas, para evitar grandes perdas em momentos de baixa. A estratégia é manter o foco no longo prazo.

Como investir com segurança
Existem duas formas principais de investir em Bitcoin: por meio de ETFs ou diretamente em exchanges. ETFs como BITH11 e QBTC11 estão disponíveis na bolsa brasileira e podem ser adquiridos por bancos e corretoras. Já para comprar Bitcoin diretamente, é necessário abrir conta em uma exchange confiável e verificar sua reputação para evitar golpes.

Resumo para quem está com pressa

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