Na madrugada desta segunda-feira (2), o município de Jaguaruna, no litoral de Santa Catarina, foi surpreendido por um raro tsunami meteorológico. O fenômeno, que ocorreu por volta da 1h, invadiu cerca de 300 metros da faixa de areia, causando destruição em diversos pontos. Os balneários Campo Bom, Arroio Corrente e Esplanada foram os mais afetados, com danos em ruas, residências e estabelecimentos.
O que é um tsunami meteorológico?
De acordo com Maicon Laureano, coordenador da Defesa Civil de Jaguaruna, o tsunami meteorológico é causado por uma combinação de fatores atmosféricos. “A formação de uma tempestade sobre o mar, conhecida como Shef Cloud ou Nuvem Prateleira, aliada à pressão atmosférica e à direção dos ventos, pode gerar esse tipo de onda. Popularmente, chamamos isso de ‘onda perdida’”, explica o especialista.
Extensão e impactos do fenômeno
Embora a altura exata da onda ainda não tenha sido determinada, acredita-se que ela tenha atingido uma extensão de 10 a 15 quilômetros. Segundo Laureano, locais protegidos por dunas e vegetação foram menos afetados, enquanto áreas abertas sofreram os maiores danos. Apesar da destruição, felizmente, nenhuma vítima foi registrada.
O fator do horário
O horário em que o tsunami meteorológico ocorreu foi crucial para evitar tragédias humanas. “Por ter acontecido à 1h da madrugada, não havia muitas pessoas nos balneários. Se fosse durante um fim de semana, o cenário poderia ter sido muito mais grave”, ressalta Laureano.
A dinâmica do tsunami meteorológico
A Defesa Civil estadual explicou que o fenômeno foi intensificado por linhas de instabilidade na atmosfera, que criaram pulsos de pressão. Isso ampliou rapidamente a altura da onda à medida que ela se aproximava da costa, resultando em uma elevação súbita do nível do mar.
Como o relevo influencia o impacto?
A inclinação da praia e a presença de dunas são fatores determinantes na intensidade dos impactos. Em áreas onde existem barreiras naturais, como vegetação e formações de areia, a força da água é reduzida. Em contraste, regiões mais expostas sofrem com inundações e maiores danos.
Histórico do fenômeno em Santa Catarina
Embora raro, o tsunami meteorológico não é inédito no estado. Segundo a Secretaria de Estado da Proteção e Defesa Civil, eventos semelhantes foram registrados no Litoral Sul de Santa Catarina em anos anteriores, especialmente na primavera. O último caso ocorreu em 11 de novembro de 2023, na cidade de Laguna.
Prejuízos materiais em análise
A Defesa Civil ainda está realizando o levantamento dos prejuízos causados pelo evento. Apesar de não haver vítimas humanas, os danos materiais incluem ruas alagadas, casas e estabelecimentos comerciais atingidos e perdas estruturais em diversas áreas afetadas.
A relação com o tempo
O tempo instável foi um fator determinante para o surgimento do tsunami meteorológico. O alinhamento de fatores como pressão atmosférica, direção dos ventos e tempestades marítimas contribui para o aumento súbito do nível do mar, intensificando o impacto na costa.
O papel da Defesa Civil
Graças à atuação rápida da Defesa Civil, foi possível minimizar os riscos e orientar a população das áreas atingidas. O órgão reforça a importância de monitorar eventos climáticos atípicos, especialmente em regiões costeiras vulneráveis a fenômenos extremos.
Alerta para eventos futuros
Com a incidência de tsunamis meteorológicos no estado, especialistas destacam a necessidade de investir em sistemas de alerta e monitoramento climático. A preparação é essencial para reduzir impactos e garantir a segurança das comunidades costeiras.
O que fazer em situações semelhantes?
Especialistas recomendam que, diante de um tsunami meteorológico, a população procure imediatamente áreas mais altas e evite se aproximar da costa. A orientação das autoridades deve ser seguida rigorosamente para evitar situações de risco.
Resumo para quem está com pressa
- Jaguaruna, em Santa Catarina, foi atingida por um tsunami meteorológico na madrugada desta segunda-feira (2).
- A onda avançou cerca de 300 metros da faixa de areia, causando destruição em ruas, casas e estabelecimentos.
- O fenômeno é causado por tempestades marítimas, pressão atmosférica e direção dos ventos.
- Nenhuma vítima foi registrada devido ao horário do evento, mas os danos materiais estão sendo avaliados.
- Santa Catarina já registrou outros tsunamis meteorológicos, incluindo um recente em Laguna, em novembro de 2023.
- Defesa Civil reforça a importância do monitoramento e preparação para minimizar os impactos de futuros eventos extremos.