Marçal e PCC: vídeos expõem ligações de Pablo com PCC

Pablo Marçal: passado controverso e crescimento nas pesquisas para prefeitura de São Paulo

Pablo Marçal: passado controverso e crescimento nas pesquisas para prefeitura de São Paulo (Divulgação)

O atual prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), e candidato à reeleição, usou sua propaganda eleitoral na TV para acusar diretamente seu principal rival, Pablo Marçal (PRTB). As acusações envolvem uma condenação por furto qualificado de Marçal, ocorrida em um caso de 2005, e possíveis ligações de seu partido, o PRTB, com a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital).

O vídeo

A campanha de Nunes apresenta uma atriz em um cenário que remete a uma sala de detetive, uma técnica comum em propagandas eleitorais recentes. A personagem sugere que Marçal tenta esconder aspectos importantes de seu passado, enquanto a propaganda revela detalhes dos processos judiciais que envolvem o candidato do PRTB. Uma das principais acusações é sobre sua participação em uma quadrilha de fraudes bancárias, fato amplamente divulgado pela imprensa na época.

Furto qualificado

Segundo reportagens citadas, Pablo Marçal foi preso em 2005 e, em 2010, condenado por furto qualificado. A defesa do influenciador e empresário alega que ele apenas fazia manutenção de computadores para a quadrilha, mas o processo judicial desmente essa versão, indicando que ele teria indicado vítimas ao grupo criminoso e sabia do esquema de fraudes. Apesar de condenado a quatro anos e cinco meses de prisão em regime semiaberto, o crime prescreveu antes que a sentença fosse executada.

Link para a sentença judicial

A propaganda de Nunes aproveita o caso para atacar o rival, apresentando um QR code que direciona o público para o texto completo da sentença judicial de Marçal. Em paralelo, a narradora do vídeo enfatiza a gravidade das acusações e incentiva os eleitores a verificarem os documentos que sustentam as alegações. O objetivo é reforçar a ideia de que Marçal estaria ocultando sua verdadeira história.

Ligação do partido de Marçal com o PCC

Outro ponto controverso abordado na propaganda são as supostas ligações do PRTB com o PCC. Em uma postagem antiga de Pablo Marçal nas redes sociais, ele teria escrito “PCC: seja criativo nos comentários”, o que foi utilizado como base para questionamentos sobre seus vínculos. Reportagens também mencionadas no vídeo afirmam que membros do partido de Marçal têm conexões com a facção criminosa.

Áudio de contato com PCC

Um dos episódios mais reveladores foi um áudio divulgado, no qual o presidente nacional do PRTB, Leonardo Alves de Araújo (conhecido como Leonardo Avalanche), menciona manter contatos com integrantes do PCC. O áudio teria sido gravado em fevereiro deste ano, e vem sendo investigado pelas autoridades, levantando mais suspeitas sobre os vínculos da legenda com atividades criminosas.

Carros de luxo e cocaína

Além disso, investigações da Polícia Civil revelam que antigos aliados de Leonardo Avalanche, entre eles Tarcísio Escobar de Almeida e Júlio César Pereira (apelidado de Gordão), teriam trocado carros de luxo por cocaína com o PCC. Esses dois indivíduos são vistos como articuladores informais do PRTB, o que reforça a gravidade das acusações.

Estratégia de campanha

A campanha de Ricardo Nunes tem a vantagem de contar com o maior tempo de propaganda eleitoral da história de São Paulo, dominando 65% do espaço na TV. Com esse tempo privilegiado, Nunes conseguiu usar seu alcance para concentrar ataques contra Pablo Marçal, seu principal adversário, em um esforço claro para influenciar o eleitorado.

Resumo para quem está com pressa:

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