A Polícia Federal encontrou, no interior de Santa Catarina, a ex-companheira de Francisco Wanderlei Luiz, identificado como o autor do ataque à bomba na Praça dos Três Poderes. Em depoimento informal, ela revelou aos agentes que Francisco teria dito que “queria matar o ministro Alexandre de Moraes e quem mais estivesse junto no momento do atentado“. Essa informação é crucial para a investigação e aponta para um possível planejamento e intenção clara de um ataque direcionado contra o ministro.
Formalização do Depoimento de Testemunha
Após o depoimento inicial, a Polícia Federal conduziu a ex-mulher de Francisco, Daiane, à delegacia para formalizar suas declarações. O processo de formalização é uma etapa essencial para que todas as informações sejam documentadas e integradas ao inquérito, o que pode ajudar a traçar uma linha do tempo detalhada sobre os eventos que levaram ao ataque.
Planejamento do Atentado
Daiane relatou que Francisco fez e compartilhou várias pesquisas no Google relacionadas ao atentado que ele viria a executar. Esse comportamento, segundo a Polícia Federal, demonstra que o ato foi planejado com antecedência e pode envolver outros indivíduos com quem o suspeito compartilhou informações. Essas buscas online são agora um dos principais elementos que a polícia utiliza para entender o nível de premeditação do crime.
Residência do Suspeito Encontrada em Ruínas
A casa de Francisco Wanderlei Luiz, localizada em Brasília, foi encontrada em estado de destruição após a execução do ataque. Os investigadores da Polícia Federal acreditam que a destruição da residência pode ter relação direta com os eventos recentes, indicando um esforço para eliminar provas ou vestígios que pudessem incriminá-lo ainda mais.
Ligação com Grupos Extremistas
Francisco, segundo as investigações, fazia parte de grupos radicais que promovem ideias extremistas. A Polícia Federal agora está verificando os possíveis laços do suspeito com outras pessoas envolvidas com esses grupos, na tentativa de identificar se o ataque teve apoio logístico ou ideológico de terceiros. Essa conexão com grupos extremistas pode expandir o alcance da investigação e envolver mais suspeitos.
O Alerta de Daiane
Durante o depoimento, Daiane afirmou que chegou a questionar Francisco sobre suas intenções, perguntando: “Você vai mesmo fazer essa loucura?”. Esse questionamento sugere que o comportamento de Francisco vinha gerando preocupação em pessoas próximas. A Polícia Federal pode utilizar esse diálogo como um indicativo de que o comportamento do suspeito foi percebido por outros antes do ataque.
Histórico de Ameaças nas Redes Sociais
Francisco Wanderlei Luiz, que foi candidato a vereador pelo Partido Liberal (PL) em 2020, mantinha um histórico de ameaças a figuras públicas. Em diversas ocasiões, ele usou as redes sociais para divulgar mensagens ameaçadoras contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e outros políticos, incluindo críticas diretas ao ministro Alexandre de Moraes. Esse comportamento é um indicativo do radicalismo do suspeito, e a Polícia Federal analisa suas postagens para encontrar possíveis sinais de conspiração.
Ligação Política e Influência Ideológica
A conexão de Francisco com o partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, o PL de Santa Catarina, também está sendo investigada pela Polícia Federal. Esse vínculo político, associado às suas ações radicais, pode fornecer indícios sobre a motivação e a influência ideológica que o levaram ao ataque. A PF busca entender se o envolvimento político de Francisco contribuiu para o seu ato de violência.
Mensagens Deixadas no Local do Atentado
Durante uma busca na residência de Francisco em Brasília, os agentes encontraram mensagens escritas em um espelho. As inscrições faziam referência a Débora Rodrigues, outra figura envolvida em um ato de vandalismo em frente ao STF. A mensagem deixada por Francisco parece ser uma crítica direcionada e demonstra seu alinhamento ideológico com atos de vandalismo e provocação a autoridades.
Referência a Débora Rodrigues e os Ataques ao STF
A Polícia Federal acredita que a mensagem de Francisco sobre Débora Rodrigues pode revelar sua intenção de apoiar e incentivar atitudes de desrespeito ao STF e às instituições públicas. Débora Rodrigues foi presa em 2023 por ter vandalizado a estátua da Justiça com a inscrição “Perdeu, Mané”. A menção a ela reforça o caráter ideológico do ato de Francisco e a intenção de desacreditar instituições.
Investigação dos Eventos de 8 de Janeiro
As inscrições encontradas no espelho também parecem estar relacionadas aos eventos de 8 de janeiro, quando houve ataques a prédios públicos em Brasília. Esse contexto amplia a linha investigativa da Polícia Federal, que agora trabalha para entender se Francisco teve envolvimento com outros atos de vandalismo e se o atentado faz parte de um movimento mais amplo contra as instituições democráticas do país.
A Importância do Caso para a Segurança Nacional
O atentado à bomba na Praça dos Três Poderes e as ameaças ao ministro Alexandre de Moraes são considerados pela Polícia Federal como uma ameaça grave à segurança nacional. Esse tipo de ataque revela a necessidade de reforçar a proteção de autoridades e de combater ideologias extremistas que promovem a violência. O caso também ressalta a importância de uma resposta rápida e eficaz das forças de segurança para evitar novos atentados.
Resumo para quem está com pressa
- Polícia Federal encontrou ex-mulher de autor do atentado à bomba em Santa Catarina.
- Francisco Wanderlei Luiz teria planejado o ataque contra o ministro Alexandre de Moraes.
- Casa do suspeito foi encontrada destruída; ele tinha ligação com grupos radicais.
- Ex-companheira do autor do atentado alertou sobre comportamento suspeito.
- Suspeito era filiado ao PL e conhecido por ameaças nas redes sociais.
- Mensagens deixadas no espelho indicam ideologia extremista e apoio ao vandalismo.