Os ataques cibernéticos e vazamentos de dados têm causado prejuízos bilionários ao Brasil. Segundo estimativas recentes, o país perdeu mais de R$ 200 bilhões em decorrência de crimes virtuais nos últimos anos, afetando tanto empresas privadas quanto órgãos públicos. Entre os casos mais emblemáticos, está o ataque ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) em 2020, que paralisou completamente os sistemas da corte por dias. Em 2021, uma grande operadora de saúde também sofreu uma invasão que comprometeu dados sensíveis de milhões de clientes.
Outro incidente marcante ocorreu com a Receita Federal, quando informações sigilosas foram expostas, levantando preocupações sobre a segurança digital em instituições públicas. Além disso, bancos, e-commerces e prestadoras de serviço têm sido alvos frequentes de golpes que exploram vulnerabilidades para roubo de dados financeiros e pessoais. Com o avanço das tecnologias, cresce a complexidade dos ataques, tornando a proteção cibernética um tema prioritário para empresas de todos os setores.
Diante desse cenário, especialistas alertam que as organizações precisam adotar uma abordagem mais rigorosa para mitigar riscos. A cibersegurança não se limita a barreiras tecnológicas, mas também envolve conscientização e protocolos eficientes de prevenção. Medidas como autenticação multifator, criptografia de dados e monitoramento contínuo são essenciais para reduzir a exposição a ameaças e garantir a integridade das informações.
A adoção de práticas de proteção de dados tornou-se indispensável para todas as organizações que lidam com informações sensíveis. Questões financeiras e dados estratégicos estão entre os alvos principais de ataques cibernéticos. Nesse contexto, a cibersegurança desempenha um papel crucial na prevenção de invasões e na mitigação de riscos.
Com o avanço das tecnologias, cresce também a quantidade de dados pessoais e corporativos armazenados digitalmente. Essa realidade amplia a superfície de ataque e exige a adoção de medidas cada vez mais sofisticadas para evitar acessos não autorizados. Para isso, é fundamental implementar boas práticas de segurança digital, como:
- Criptografia de dados: impede que informações sejam acessadas sem autorização.
- Autenticação multifator (MFA): adiciona camadas extras de verificação de identidade.
- Atualização de softwares: reduz vulnerabilidades exploráveis.
- Uso de antivírus e firewall: proteção contra ameaças e invasões.
- Controle de acesso: garante que apenas usuários autorizados manipulem os dados.
- Monitoramento contínuo e resposta a incidentes: identificação rápida de ameaças e ações para mitigar danos.
Exposição de dados geralmente ocorre por ataques como phishing, ransomware e falhas de segurança, resultando em impactos significativos para as empresas. Dessa forma, a implementação de um sistema eficiente de Gestão de Segurança da Informação (SGSI), aliado a políticas e normas específicas, é essencial para garantir a proteção dos fluxos de informações no ambiente corporativo.
A cibersegurança não se limita a prevenir ataques; ela também ajuda a manter a conformidade com regulamentações e boas práticas do setor. Diante da crescente sofisticação das ameaças digitais, adotar uma abordagem proativa se tornou uma necessidade estratégica para empresas e instituições que buscam proteger seus ativos digitais e garantir a continuidade dos negócios.
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Para Gisele Truzzi, especialista em direito digital e segurança da informação, para ter um ambiente mais protegido e seguro no universo digital é necessário “impedir o acesso não autorizado”, além de aplicar um conjunto de práticas e tecnologias de segurança, que protegem os sistemas e os dados contra ameaças, como por exemplo a adoção de criptografia de dados, que impede que informações sejam acessadas por terceiros sem autorização. Ainda segundo Truzzi a autenticação multifator, conhecida por MFA (Multi Factor Authentication) ou 2FA (Double Factor Authentication) é um recurso que pode ajudar muito uma vez que “adiciona camadas extras de verificação de identidade”.
Ainda há outras ações importantes que podem ser muito úteis para minimizar os riscos, segundo Gisele as atualizações de software utilizados, o uso de sistema de antivírus, uso de firewall confiáveis e o controle de acesso físico e digital, de modo a garantir que apenas usuários autorizados possam visualizar ou manipular os dados.