Coca-Cola se une ao boicote contra Facebook, prejuízo já passa de R$ 300 bi

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Empresa está revendo política de publicidade digital e golpe foi sentido na rede social

A Coca Cola Company tomou uma decisão sobre sua verba de marketing que impressionou o mercado. Com tantos casos de racismo e ódio online, a gigante da indústria de bebidas suspendeu por 30 dias todos os anúncios no Facebook e no Twitter. A medida visa uma revisão de todos a política da empresa nesse segmento.

A Unilever, outra gigante multinacional  também suspendeu suas peças nas redes sociais até o final do ano, pelo menos, devido a um “período eleitoral polarizado”. No último domingo (28), o movimento de suspensão dos anúncios ganhou adesão da Starbucks. A empresa vai “realizar discussões internas e com parceiros de mídia e organizações de direitos civis para impedir a disseminação do discurso de ódio”, segundo afirmou em comunicado.De acordo com nota assinada pelo CEO da Coca Cola, James Quincy, a empresa espera medidas de transparência e responsabilização dos parceiros de mídias sociais para retomar a investir em publicidade nas redes.

“Não há lugar para o racismo no mundo e não deve haver nas redes sociais. Tomaremos esse tempo para readequar nossas políticas de publicidade e determinar se há revisões necessárias”, afirmou Quincy no comunicado.

O resultado da suspensão dos anúncios bateu forte. As ações do Facebook tiveram uma queda de 8,3%, uma perda de US$ 56 bilhões (R$ 306,8 bilhões) do valor de mercado da empresa. Segundo analise da agência Bloomberg, essa desvalorização causou a  uma diminuição na riqueza pessoal do fundador Mark Zuckerberg, que seu patrimônio diminuir em  US$ 7,2 bilhões (R$ 39,4 bilhões).

Facebook também se posicionou  em nota sobre o caso e garante que investe bilhões de dólares todos os anos para manter a comunidade segura e trabalha continuamente com especialistas da sociedade civil para revisar e atualizar as políticas e que continuará trabalhando neste sentido.

“Temos desenvolvido políticas e recursos da plataforma no intuito de proteger e servir à conversa pública e, como sempre, estamos comprometidos em ampliar vozes de comunidades sub-representadas e grupos marginalizados. Respeitamos as decisões de nossos parceiros e continuaremos trabalhando e nos comunicando com eles durante esse período”, fiz a nota oficial do Facebook.

 

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