Os trabalhadores da Amazon na Índia aderiram a uma greve reivindicando melhores salários e condições de trabalho, em um dos períodos de maior movimento do varejo. A manifestação ocorre no momento em que a empresa se prepara para a Black Friday, que marca o início de um dos fins de semana de compras mais intensos do ano.
Manifestação em Nova Délhi
Cerca de 200 trabalhadores de armazéns e motoristas de entrega se reuniram em Nova Délhi, sob o lema “Make Amazon Pay” (Faça a Amazon Pagar). Alguns manifestantes usaram máscaras do CEO da empresa, Jeff Bezos, como forma de protesto contra as práticas da gigante sediada em Seattle.
Greves em outros países
O movimento iniciado na Índia durante a Black Friday ecoou em outros países, com greves em armazéns da Amazon nos Estados Unidos, Alemanha, Japão e Brasil. Trabalhadores pedem salários mais altos, melhores condições de trabalho e o reconhecimento do direito à sindicalização.
Salários insuficientes
Manish Kumar, trabalhador de armazém de 25 anos, destacou que o salário básico recebido pelos funcionários é de 10.000 rúpias (aproximadamente US$ 120), enquanto o ideal seria pelo menos 25.000 rúpias (US$ 295). Além disso, ele denunciou que o ambiente de trabalho é caracterizado por alta pressão.
Apoio sindical
O líder sindical Nitesh Das afirmou que os trabalhadores foram às ruas para pressionar o governo a intervir e apoiar suas demandas. Ele enfatizou que a luta é por melhores condições de vida para os trabalhadores da Amazon.
Declarações da Amazon Índia
Até o momento, a Amazon Índia não fez declarações sobre a greve ou as demandas dos trabalhadores. No entanto, o tema ganhou destaque internacional, intensificando o debate sobre as práticas trabalhistas da empresa.
Mobilização internacional
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores da Amazon Índia, novas manifestações estão planejadas para outras partes do país e também em outros países. As demandas incluem pagamento justo, respeito aos direitos sindicais e um compromisso com a sustentabilidade ambiental.
Apelo ao governo
Os sindicalistas planejam entregar um memorando ao Ministro do Trabalho da Índia, Mansukh Mandaviya, detalhando suas reivindicações e solicitando medidas para resolver os problemas enfrentados pelos trabalhadores.
Gig economy e os desafios na Índia
A gig economy cresceu rapidamente na Índia devido ao acelerado desenvolvimento econômico. No entanto, trabalhadores desse setor enfrentam baixos salários e condições de trabalho precárias, o que amplia as desigualdades.
Denúncias de violações trabalhistas
Em junho de 2023, a Comissão Nacional de Direitos Humanos da Índia emitiu uma notificação à Amazon após relatos de que trabalhadores estavam sendo forçados a trabalhar sem pausas durante o verão, em temperaturas extremas. A empresa negou as acusações.
Pressão em escala global
As greves e manifestações ocorridas durante a Black Friday destacam a crescente pressão sobre a Amazon para adotar práticas mais justas, especialmente em países emergentes como a Índia. A empresa enfrenta críticas crescentes quanto às suas políticas trabalhistas e sociais.
Impacto nas vendas da Black Friday
Apesar das greves, a Amazon continua sendo um dos maiores players globais na Black Friday. No entanto, a insatisfação dos trabalhadores pode ter impactos de longo prazo na reputação da empresa e nas suas operações.
Resumo para quem está com pressa
- Trabalhadores da Amazon na Índia protestam por melhores salários e condições de trabalho durante a Black Friday.
- Manifestação reuniu cerca de 200 pessoas em Nova Délhi, com greves replicadas em outros países como Alemanha e Brasil.
- A principal demanda é o aumento do salário básico, atualmente considerado insuficiente para as condições de vida locais.
- Sindicalistas pretendem entregar reivindicações ao Ministro do Trabalho da Índia.
- A Amazon Índia não comentou as greves, mas a empresa já enfrentou acusações de violações trabalhistas no passado.
- O movimento internacional busca pressionar a empresa a adotar práticas mais justas e sustentáveis.