Dólar caiu para R$ 5,15 com expectativa de estímulos nos EUA
Num dia de alívio no mercado financeiro global, a bolsa de valores fechou no maior nível em quase cinco meses. Em queda pela segunda sessão seguida, o dólar comercial fechou abaixo de R$ 5,20.
O Ibovespa, o principal índice da B3 (a bolsa de valores brasileira) subiu 2.05% e fechou esta segunda-feira (27) aos 104.477 pontos. O indicador está no maior nível desde 4 de março, quando tinha encerrado aos 107.224 pontos.
No mercado de câmbio, o otimismo repetiu-se. O dólar comercial encerrou esta segunda vendido a R$ 5,158, com recuo de R$ 0,049 (-0,94%). A divisa refletiu as expectativas em torno de um novo pacote de estímulos nos Estados Unidos. Em julho, o dólar cede 5,18%, a caminho da maior queda mensal de 2020. No ano, porém, sobe 28,54%.
Novo pacote
Nesta segunda, senadores republicanos corriam para concluir os detalhes de um pacote de US$ 1 trilhão elaborado com a Casa Branca e esperado para ser divulgado no final do dia. Nesta semana, expira o prazo de muitos benefícios concedidos nos últimos meses em decorrência da pandemia do novo coronavírus.
A proposta de ajuda, que poderia envolver uma redução no subsídio semanal de emergência federal de US$ 600 dólares para US$ 200, precisaria ser negociada com os democratas.
Após o fechamento do mercado, o líder da maioria republicana no Senado, Mitch McConnell, disse que o pacote abordaria saúde, escolas e incluiria pagamentos diretos aos norte-americanos no valor de US$ 1,2 mil cada.
O mercado também espera a reunião do Federal Reserve (Banco Central norte-americano) que ocorrerá amanhã (28) e quarta-feira (29). O banco pode zerar a reduzir os juros básicos da maior economia do planeta, atualmente em 0,25% ao ano. O aumento de casos de covid-19 nos Estados Unidos e a tensão entre o governo de Donald Trump e a China ficaram momentaneamente em segundo plano.